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O que fazer em Cusco com filhos

O que fazer em Cusco com filhos

Reservamos cinco dias para desfrutar Cusco. E foi difícil deixá-la. A cidade é pura inspiração. Basta se deter um pouquinho mais por ali, andar pelas ruelas e misteriosos becos de pedra, se ater nos detalhes, para entender por que a cidade foi declarada Patrimônio Histórico da Humanidade pela Unesco. Podemos dizer que é uma cidade-museu. Guarda edificações coloniais de estilo barroco andino construídas sobre restos de construções incas, como é o caso de todas as igrejas e muitas casas localizadas principalmente em San Blás.

Apesar de predominantemente marrom, impossível não se impressionar com o colorido da cidade e com as manifestações culturais de seu povo. A começar por sua multicolorida bandeira, inspirada em um estandarte utilizado pelos incas. Cores no artesanato, no vestuário (lindos, lindos tecidos), nos detalhes do seu casario, ou quebrando a sobriedade de suas igrejas através das vestimentas de suas imagens (cores fortes, muito dourado, prata, vermelho)- a marca da cultura inca e do povo peruano na igreja católica espanhola.

E o que eu particularmente adorei foi o fato da cidade ser pequena. Não precisa de carro, nem de táxi, nem de ônibus para nada. Dá para ficar rodando a pé pelo centro histórico tranquilamente e se perdendo em seus emaranhados de becos. E esse foi nosso programa favorito: sair sem destino por suas ruas, conhecendo os pontos turísticos mais famosos, mas também explorando alguns cantos não tão conhecidos dos turistas. E o fim do trajeto sempre era surpreendente. Foi assim que chegamos ao mirador de San Blás.

Hospedagem:

Para que tivéssemos essa comodidade de não depender de nenhum transporte para a grande maioria das coisas, resolvemos ficar no hotel Del Prado Inn. Além da ótima localização, um boa estrutura de hotel, calefação, serviços e atendimento bem legais também. E olha que estávamos com uma criança, o que não foi nenhum problema por ter a cama extra no quarto. Vale a pena e recomendo. (Reservar o Hotel del Prado)

Veja o que visitamos e o que fizemos:

Plaza de Armas

Ao escolher nosso hotel optamos pela localização próxima à Plaza de Armas. Além de estarmos no coração da cidade, onde o dia-a-dia dos cusquenhos se mistura com o de gente todo o mundo, a plaza se tornou o parquinho do bairro. Nossa rotina era tomar o café da manhã e passar um tempo por lá para nos aquecer, ver a cidade sem carros e possibilitar ao Arthur correr pelos seus jardins e interagir com as crianças locais. A estátua do rei Pachacutec (linda de dia e de noite) desperta neles curiosidade para falarmos um pouquinho sobre a capital do império inca.

No seu entorno estão localizadas duas das igrejas mais incríveis da cidade: a Catedral de Cusco e a Compañia de Jesus que, construídas para substituir os templos existentes dedicados às divindades incas, remontam à história da colonização espanhola. Ambas encantadoras por fora e com riquíssimo interior barroco, ornado também com muita prata e cores, além de uma impressionante acervo de obras de arte. Aliás, Cusco tem um número de igrejas que impressiona o olhar. São muitas, muitas mesmo. Onde os espanhóis encontravam templos e locais de culto aos deuses imediatamente construíam uma igreja no local a fim de liquidar a crença nativa.

Gosto de visitar igrejas. Já me emocionei com a beleza transbordante de muitas delas, mas acredito que a Catedral de Cusco seja a mais bela das Américas. Elas nos contam muito sobre um povo, e na Catedral particularmente encontramos ícones da cultura inca misturados aos símbolos católicos em um discreto sincretismo religioso, presentes nas pinturas, imagens e altares. Para as crianças, esta não é a mais divertida das atrações. Pelo menos não seria para o Arthur. E eu esqueço do tempo facilmente estando dentro delas, então foram lugares que visitei sozinha, nas primeiras horas do dia, enquanto os meninos dormiam. Pela riqueza de informações e história, este ano visitamos de novo a Catedral acompanhados de uma guia, que durante toda a sua explicação, fez a fusão de arte e religião, divindades incas e santos católicos, fatos históricos e uma boa dose de lenda.

O que fazer em Cusco com filhos
Plaza de Armas – O que fazer em Cusco com filhos
O que fazer em Cusco com filhos
Diversão na Plaza de Armas – O que fazer em Cusco com filhos
O que fazer em Cusco com filhos
Plaza de Armas – O que fazer em Cusco com filhos

Arredores de Cusco – Vale Sagrado dos Incas

Foram dois dias de visitas às ruinas do Vale Sagrado. Denominamos estes dias de “dias de expedição” e o envolvemos nos preparativos de tudo o que teríamos que levar para os passeios, que demorariam praticamente o dia todo: mapas, protetor solar, repelentes, água, lanchinho… Assim ele já dormia pensando na aventura que estava por vir. Procuramos mostrar as peculiaridades que pudessem lhe interessar em cada uma das ruinas: a pedra para sacrifício de animais em Qenko, a engenhosidade dos dutos de água em Tambomachay, o encaixe perfeito das pedras na fortaleza de Sacsayhuaman- seus tamanhos e como foram parar ali, cemitério inca vertical encravado na montanha em Pisac, a possibilidade de subir todos os degraus gigantes da montanha de Ollantaytambo para chegarmos até a parte mais alta do sítio… Haja fôlego! E isto não falta nos pequenos. Nem perguntas mirabolantes sobre tudo o que estava sendo visto.

Conhecer o Vale Sagrado é super interessante e merece ser visitado. As ruínas vão aumentando de tamanho e complexidade . E visitá-las acaba sendo uma base de conhecimento e informações sobre as tradições do império Inca e sem isso, boa parte da magia de Machu Picchu se perde. Muita ansiedade, pois nesses passeios a montanha velha se vislumbrava a cereja do bolo.

O Vale Sagrado, pela riqueza de detalhes e informações, merece um post à parte e certamente iremos publicá-lo em breve.

Mirabus

Um passeio para deixar qualquer criança feliz.

Em Cusco, como nas grandes capitais, o City Tour com ônibus de dois andares sai da Plaza de Armas. O segundo andar é aberto, ficando ainda mais divertido. O passeio vai até o Cristo Branco de Sacsayhuamán, de onde conseguimos uma visão panorâmica bem bacana da cidade. Ah! E os peruanos adoram contar aos brasileiros que é uma cópia do Cristo Redentor carioca. E é mesmo. Neste passeio também conseguimos observar os vários Toritos de Pucara no cume dos telhados da periferia de Cusco. Ouvimos várias explicações sobre eles. Uma delas é a de que traz boa sorte aos que residem na casa. Arthur se amarrou observando os vários modelos que vimos sobre os telhados.

San Blás

O bairro mais boêmio de Cusco é também bem bacana para os niños: liberdade no caminhar por algumas de suas ruelas, muitas cores nas sacadas dos casarios e portas das lojas, “ventanas” cheias de detalhes fofos, e o primeiro contato com as peruanas que circulam por suas ruas em trajes típicos, multicoloridos, ultradelicados, acompanhadas por suas lhamas.

Qual criança resiste? As ruelas nos reservam gratas surpresas. Às vezes vemos apenas uma porta e quando entramos chegamos a um pátio interno ao estilo das antigas residências espanholas com várias lojas ao redor. Podemos encontrar ótimos cafés. Legal para um lanchinho com eles e oportuno para degustarmos calmamente alguma bebida quente ao som de um dos vários tipos de músicas que ouvimos pelo bairro. É também um ótimo lugar para se conhecer o povo nativo e seus costumes e ver o que comem, bebem e vestem.  As heranças incas estão presentes no dia a dia das pessoas e conhecê-las é um grande privilégio.
San Blás é assim, sinérgico: cores e sons se interagem o tempo todo.

Mercado de San Pedro

Dar uma voltinha no Mercado Municipal de Cusco foi um dos passeios que Arthur mais se divertiu. E a visita planejada para alguns minutos rendeu umas boas duas horas lá dentro. Não se pode esperar por assepsia ou organização excessiva. Mas podemos nos encantar com o festival de cheiros, cores e variedades de frutas. Muitas que não conhecíamos, nos divertimos perguntando os nomes e provando algumas.

O levamos para conhecer algumas das centenas de milho verde variedades existentes no Peru, de várias cores e formas, por ele gostar muito. Encontramos queijos artesanais lindos de se ver e artesania original, não produzida em série como vimos nos outros mercados de Cusco, voltados para o turismo. Gostamos da autenticidade do lugar, parada obrigatória dos cusquenhos e que vende os alimentos que eles realmente consomem no seu dia-a-dia. E é claro, como todo mercado, também tem o seu lado roots. Na sessão de carnes Arthur teve uma verdadeira aula de anatomia de aves e suínos.

O trajeto para o mercado nos leva a um outro lado bem charmoso de Cusco, por onde talvez não tivéssemos passado caso não nos propuséssemos a conhecê-lo. Pode-se tomar como referência o Arco de Santa Clara- um dos principais símbolos republicanos do Peru. Próximo a ele estão outras três igrejas soberbas, imensas e lindas: São Francisco- à direita do Arco, Santa Clara e São Pedro, situadas um pouco depois que o atravessamos.

O que fazer em Cusco com filhos
Mercado de San Pedro – O que fazer em Cusco com filhos

Qoricancha e Convento de Santo Domingo

É hábito nosso antes de toda viagem ler um pouco sobre a história dos lugares a serem visitados, para chegarmos pelo menos razoavelmente situados. Antes mesmo de partir, já sabia que o Qoricancha seria o primeiro local a ser visitado; ele já impressionava pela sua grandeza. Foi o templo mais importante do império inca, dedicado aos rituais e oferendas cultuados ao deus Sol. Seu nome significa “cercado de ouro”; todos os seus muros eram revestidos por este metal que, durante a conquista de Cusco, foi todo roubado pelos colonizadores.

Através de sua arquitetura, é perceptível que o Qoricancha é mostra mais significativa da fusão das culturas inca e hispânica: o templo católico (hoje ocupado pelas Igreja e Convento de Santo Domingo) foi erigido sobre o mesmo templo Inca, para demonstrar a destruição e supressão do culto antigo. Do gramado existente atrás do Mosteiro, podemos ver características de construções pré-incas, incas e espanholas.

Em 1650, um terremoto causou grandes danos à estrutura do convento. No entanto, as pedras pré-incas e incas, não foram abaladas, deixando à mostra o intacto Qoricancha. A pedras que servem como base, perfeitamente polidas e encaixadas, possuem algumas travas que estabilizaram os muros mesmo durante os abalos sísmicos. Muito intrigante andar por este templo, e pensar como os incas fizeram aquilo. Para Arthur, estávamos diante de um Lego gigante, sem sabermos, no entanto, como os encaixes foram tão engenhosamente polidos!

E se e a construção por si só já vale a visita, seu interior também nos dá mostras valiosas que justificam ser ele a pérola de Cusco, pela beleza do seu claustro, todo ornado com obras de arte, pelos vestígios do antigo Qoricancha, pelos objetos que nos explicaram detalhes preciosos da formação e funcionamento da sociedade inca.

Fascínio define Cusco. Esta é a palavra.  Tanta cultura e magia que não cabe em uma única viagem.  E se antes eu achava que era um lugar que a gente visita uma vez e pronto, hoje confesso que voltaria de novo. E de novo. E de novo.

Acompanhe essa nossa aventura pelo Peru com filho nos links abaixo:

Peru com filhos – Introdução de uma viagem mágica

Arequipa – A cidade branca entre os vulcões

O que fazer em Cusco com filhos

Machu Pichu com filhos – Tão amada, tão sonhada

Clique abaixo e veja nossos posts do Peru:

Roteiro Peru 14 dias

Cusco – Tradição, turistas e muito mais

Cusco – A magia de seus arredores

Lima – A modernização de uma cidade que não perde a tradição

Machu Pichu – Compra de tickets online e limites de venda

Machu Pichu – Inacreditável e Fascinante.

Trilha Salkantay – Trekking alternativo para Machu Pichu.

Na seção Pé na Jaca (nossos casos engraçados) tem um link do Mirador de Rachi

Pé na Jaca – Será que salto?

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